quarta-feira, 24 de abril de 2013


A DISCIPLINA DO JEJUM
            
 

INTRODUÇÃO:

O jejum é a abstinência total ou parcial de alimentos por um período definido e propósito específico. Tem sido praticado pela humanidade em praticamente todas as épocas, nações, culturas e religiões. Pode ser com finalidade espiritual ou até mesmo medicinal, visto que o jejum traz tremendos benefícios físicos com a desintoxicação que produz no corpo. Mas nosso enfoque é o jejum bíblico.

Muitos cristãos hoje desconhecem o que a Bíblia diz acerca do jejum. Ou receberam um ensino distorcido ou não receberam ensinamento algum sobre este assunto.

Creio que a Igreja de hoje vive dividida entre dois extremos: aqueles que não dão valor algum ao jejum e aqueles que se excedem em suas ênfases sobre ele. Penso que Deus queira despertar-nos para a compreensão e prática deste princípio que, sem dúvida, é uma arma poderosa para o cristão.

Não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar, isto é algo pessoal. Mas a prática do jejum, além de ser recomendação bíblica, traz consigo alguns princípios que devem ser entendidos e seguidos.

POR QUE DO QUESTIONAMENTO DO JEJUM DURANTE OS SÉCULOS?


Duas coisas explicam e enfatizam o desaparecimento dos jejuns durante os séculos.

1º Jejum adquiriu má reputação em conseqüência das praticas ascéticas exageradas. Na idade media, valorizando a forma externa e distraindo o poder espiritual. Desta forma a lei tomou frente com suas falsas preocupações d segurança e acabou por manipular o ato bíblico e não o ato errado dos jejuns em geral, a partir deste momento o jejum ficou submetido a regulamentação. Foi considerado uma mortificação pessoal e sofrimentos físicos internos prejudicial a saúde.

2º A propaganda a mídia também ridicularizou o jejum, exemplificando 3 refeições por dia e petiscos de 3 em 3 horas, somando com a crença popular o jejum tornou-se obsoleto, julgou-se todos da mesma forma.

ü  Acho que o jejum será danoso a saúde.

ü  Você não conseguiria trabalhar se não comer.

ü  Você é louca, Deus não quer isso de nós. Religiosos fanáticos.

 
Tais questionamentos consistem em preconceitos.


PODEMOS FALAR QUE ESTAMOS JEJUANDO?

Em Mateus 6:16-18, Jesus condena o exibicionismo dos fariseus querendo parecer contristados aos homens para atestar sua espiritualidade.


Ele não proibiu de se comentar sobre o jejum, senão a própria Bíblia estaria violando isto ao contar o jejum que Jesus fez… Como souberam que Cristo (que estava sozinho no deserto) fez um jejum de quarenta dias? Certamente porque Ele contou!

Não saiu alardeando perante todo mundo, mas discretamente repartiu sua experiência com os seus discípulos.

Sabe, precisamos tomar cuidado com determinadas pessoas que não tem o que acrescentar à nossa edificação e somente atacam e criticam.

A BÍBLIA ORDENA O JEJUM?

“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt.6:16-18).

Embora Jesus não esteja mandando jejuar, suas palavras revelam que ele esperava de nós esta prática. Ele nos instruiu até na motivação correta que se deve ter ao jejuar. E quando disse que o Pai recompensaria a atitude correta do jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados!

Algumas pessoas dizem que se as epístolas não dizem nada sobre jejuar é porque não é importante, e desprezam o ensino de Jesus sobre o jejum. Isto é errado! Jesus não veio ensinar os judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele veio instituir a Nova Aliança, e todos os seus ensinos apontavam para as práticas dos cidadãos do reino de Deus.

Sabe, o jejum pode ser uma prática vazia se não for feito de maneira correta. Isto aconteceu nos dias do Velho Testamento, quando o povo começou a indagar:

“Por que jejuamos nós, e não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?” (Is.58:3a).

E a resposta de Deus foi exatamente a de que estavam jejuando de maneira errada:

“Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto.” (Is.58:3b,4).


O JEJUM NA BÍBLIA

Mas em todo o Velho e Novo Testamento não há uma única ordem acerca de jejuarmos. Contudo, apesar de não haver um imperativo acerca desta prática, a Bíblia esta cheia de menções ao jejum. Fala não apenas de pessoas que jejuaram e da forma como o fizeram, mas infere que nós também jejuaríamos e nos instrui na forma correta de faze-lo.

TIPOS DE JEJUM

a) JEJUM PARCIAL. Normalmente o jejum parcial é praticado em períodos maiores ou quando a pessoa não tem condições de se abster totalmente do alimento (por causa do trabalho, por exemplo). Lemos sobre esta forma de jejum no livro de Daniel:

“Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram em minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que se passaram as três semanas.” (Dn.10:2,3).

O profeta Daniel diz exatamente o quê ficou sem ingerir: carne, vinho e manjar desejável. Provavelmente se restringiu à uma dieta de frutas e legumes, não sabemos ao certo.

O fato é que se absteve de alimentos, porém não totalmente. E embora tenha escolhido o que aparentemente seja a forma menos rigorosa de jejuar, dedicou-se à ela por três semanas.

Em outras situações Daniel parece ter feito um jejum normal (Dn.9:3), o que mostra que praticava mais de uma forma de jejum. Ao fim deste período, um anjo do Senhor veio a ele e lhe trouxe uma revelação tremenda. Declarou-lhe que desde o primeiro dia de oração o profeta já fora ouvido (v.12), mas que uma batalha estava sendo travada no reino espiritual (v.13) o que ocorreria ainda no regresso daquele anjo (v.20). Aqui aprendemos também sobre o poder que o jejum tem nos momentos de guerra espiritual.

b) JEJUM NORMAL. É a abstinência de alimentos mas com ingestão de água. Foi a forma que nosso Senhor adotou ao jejuar no deserto. No relato do evangelho não há menção de Cristo ter ficado sem beber ou ter tido sede (e ele estava num deserto!)

“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome.” (Mt.4:2).

Denominamos esta forma de jejum como normal, pois entendemos ser esta a prática mais propícia nos jejuns regulares (como o de um dia).

c) JEJUM TOTAL. É abstinência de tudo, inclusive de água. Na Bíblia encontramos poucas menções de ter alguém jejuado sem água, e isto dentro de um limite: no máximo três dias.

A água não é alimento, e nosso corpo depende dela a fim de que os rins funcionem normalmente e que as toxinas não se acumulem no organismo. Há dois exemplos bíblicos deste tipo de jejum, um no Velho outro no Novo Testamento:

Ester, num momento de crise em que os judeus (como povo) estavam condenados à morte por um decreto do rei, pede a seu tio Mardoqueu que jejuem por ela:

“Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci.” (Et.4:16).

Paulo, na sua conversão também usou esta forma de jejum, devido ao impacto da revelação que recebera:

“Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu.”(At.9:9).

Não há qualquer outra menção de um jejum total maior do que estes (a não ser o de Moisés e Elias numa condição diferente que explicaremos adiante). A medicina adverte contra um período de mais de três dias sem água, como sendo nocivo.

Devemos cuidar do corpo ao jejuar e não agredi-lo; lembre-se de que estará lutando contra sua carne (natureza e impulsos) e não contra o seu corpo.

d) JEJUNS PÚBLICOS OU EM GRUPO: O jejum em grupo pode ser em experiência maravilhosa e poderosa desde que todas estejam preparados e tenham o mesmo pensamento com Deus.


1 dia – O jejum do Dia da Expiação.

e) JEJUM PELA GLORIA DIVINA: A Bíblia fala de Moisés (Ex.34:28) e Elias (I Re.19:8) jejuando períodos de quarenta dias. Porém vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob o sobrenatural de Deus. Moisés nem sequer bebeu água nestes 40 dias, o que humanamente é impossível. Mas ele foi envolvido pela glória divina.

O mesmo se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo lhe trouxe. Isto é um jejum diferente que começou com um belo “depósito”, uma comida celestial. Jesus, porém, fez um jejum normal com esta duração.

PROPÓSITO DO JEJUM
 
A afirmação de Kenneth Hagin acerca do jejum: “O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus”. O jejum não tornará Deus mais bondoso ou misericordioso para conosco, ele está ligado diretamente a nós, à nossa necessidade de romper com as barreiras e limitações da carne. O jejum deixará nosso espírito atento, pois mortifica a carne e aflige nossa alma.

ü  Jejum não é para ter o mundo em nossas mãos.

ü  Preparar-se para o Ministério.

ü  Busca de proteção.

ü  Consagração.

ü  Aflições.

ü  Ministrar ao Senhor.

ü  Em situações de enfermidade.

ü  Arrependimento de pecados.

ü  Ana adorava a Deus jejuando.

ü  O jejum revela as coisas que nos controlam. (Salmos 69:10 e Salmos 35:13)

ü  Jejum é nos sustentar por toda palavra que procede da boca de Deus. (Mateus 4:4)

ü  A comida não nos sustenta, mas Deus nos sustenta (Colossenses 1: 17)

ü  Jejuar é banquetear-se. (João 4: 32-34)

ü  Os valores do jejum são: Bem estar físico, revelações, força, aumento de fé, aumento eficácia na intercessão, força espiritual.

 

A PRÁTICA DO JEJUM

n  A direção vem de Deus, Ele nos motiva.

n  Defina os objetivos: Por que e como jejuar, quando começar .

n  Ore sobre o tipo de jejum que você deve adotar, faça seu compromisso com Deus.

n  Prepare-se Espiritualmente;

n  Prepare-se Fisicamente;

n  Mantenha-se no programa: busca oração e santificação.

n  Termine o Jejum Gradualmente;

n  Os resultados não são depois do jejum e sim durante.

 

CONCLUSÃO

Haverá períodos em que o Espírito Santo vai nos atrair mais para o jejum, e épocas em que quase não sentiremos a necessidade de faze-lo.

Encerro desafiando-o a praticar mais o jejum, e certamente você descobrirá que o poder desta arma que o Senhor nos deu é difícil de medir com palavras. A experiência fortalecerá aquilo que temos dito. Que o Senhor seja contigo e te guie nesta prática!

 

 

4 comentários:

  1. Raissa, que benção este estudo e a metodologia utilizada para ministra-lo!!!
    Que Deus contínue te usando e usando toda a equipe da escola bíblica da IBNV para conduzir-nos rumo à estatura do Varão Perfeito!!

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  2. Irmão Getúlio, a paz seja convosco! Amém, Deus já está nos capacitando para esta obra maravilhosa, alegra o meu coração em fazer estes estudos para honra e glória do Senhor, fazendo a vontade Dele. Deus nos abençoe e nos fortaleça neste ministério tremendo.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. paz raissa tudo e bom pra vc continue assim humilde pacifica simples legal correria estudante trabalhadora e mulher de respeito e dedicada a Deus e sua familia bom demais os estudos as manhãs com vcs o que custei a achar o blog mas deus certo!!!kkkk ai to feliz de estudar sobre temperamentos e sei que tem muito mais por vir!!!! Deus te proteja dos demônios disfarçados de serafim do perverso e de toda maldade de coração toda proteção divina de Deus pra vc!!! se depender de mim e só respeito e carinho pela sua pessoa ministério 100 comentários!!

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